O futurista e palestrante Gui Rangel participou do Fórum Nacional de Educação Católica, na quinta-feira (21), na conferência sobre “A educação católica do amanhã: que atitudes tomar hoje?”.
Rangel apresentou os impactos da Inteligência Artificial (IA) na educação e apontou que, até 2030, cerca de 60 a 70% das horas de trabalho serão automatizadas. Segundo o futurista, os empregos precisam ser reinventados com a chegada da IA e as escolas precisam estimular e trazer os estudantes para a leitura, tendo em vista que, atualmente, a nova geração de jovens tem um vocabulário 40% menor do que a geração anterior.
“As mudanças estão acontecendo em um ritmo cada vez mais acelerado. A educação tem que estar um passo à frente, pois ela vai preparar as pessoas que vão viver essas novas realidades que vão emergir. Então, para isso, a gente tem que mudar a cabeça do educador para poder inspirar e transformar a cabeça dos alunos que vão ocupar essas realidades que vamos viver”, disse.
Em relação ao futuro da educação e aos extremos, tanto sociais quanto tecnológicos, Rangel ressaltou que não existe um “futuro homogêneo, mas fragmentado” — o qual ele define como 50 tons do futuro.
“Eu chamo de 50 tons do futuro, que ele vai se manifestar de maneiras diferentes em lugares diferentes. Em algumas comunidades, você está falando de tecnologias extraordinárias, como inteligência artificial, supercomputadores, big data, mas do outro lado, tem pessoas que vivem uma realidade no extremo dos 50 tons do futuro, uma realidade desafiadora, que não é muito diferente do que a gente vivia 50 anos atrás”, disse.
Rangel ainda acrescentou a necessidade de fazer com que o futuro seja mais inclusivo. “É importante transformar a sociedade e incluí-las nesse processo de construção do futuro que seja positivo e seja abrangente”, conclui.